[Resenha] A garota que você deixou para trás, de Jojo Moyes

15 julho 2015
Páginas: 384
Lançamento: 2014
Editora: Intrínseca
Classificação:  
Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo a família, a reputação e a vida na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.
Depois de ler Como eu era antes de você coloquei na minha cabeça que iria amar qualquer coisa que a Jojo escrevesse. Infelizmente, essa premissa foi abalada depois de ler A última carta de amor, que não me agradou muito. Decidi não desistir da Jojo, e ao ler A garota que você deixou para trás ela conseguiu se redimir um pouco, mas não completamente.

Este livro se divide em duas partes, a primeira se passa durante Primeira Guerra Mundial, numa cidadezinha da França ocupada pelos Alemães. Confesso que não me sinto muito atraída por esses enredos de guerra, mas a Jojo conseguiu me tirar lágrimas dos olhos antes mesmo de chegar na página 50.

O grande problema que tenho tido com a Jojo é que ela trata de temas muito polêmicos, e isso faz com que eu não consiga me identificar muito com os personagens. Apesar disso, fiquei muito sensibilizada  e comovida com a história de Sophie e tudo que ela passou.

Entre a falta que sentia do marido que estava na guerra, ter suas coisas tomadas pelo alemães, a falta de comida e todas as outras tristezas da sua vida, ela ainda conseguia ser uma pessoa forte, de fé inabalável e que estava disposta a fazer de tudo pela pessoa que ela amava.

Quando chegamos na segunda parte do livro, que se passa nos anos 2000, conhecemos Liv. Uma viúva triste que vive numa casa de vidro projetada pelo marido e que mal tem dinheiro para pagar os impostos. Apesar de carismática, a segunda parte da história se desenrolou muito devagar. Demorei seis dias para conseguir acabar de ler esse livro, e mal podia esperar para chegar ao fim.

Houveram vários momentos em que eu fiquei saturada com a história, parecia que tudo só dava errado e isso já estava me estressando. Mas quando consegui acabar, o sentimento foi bom, de realização. Isso diminuiu um pouco meu desgosto com o livro, assim como aconteceu em A última carta de amor. A escrita da Jojo é linda e agradável, mas tenho tido esse problema com ela. Os livros começam muito bem, e terminam muito bem, mas o meio, não tenho achado lá essas coisas.

Acho que a maior lição que tiro deste livro é a fé e esperança, presente tanto em Sophie quanto em Liv. Mesmo em todos os momentos em que duvidei que elas conseguiriam alcançar seus objetivos, e que elas estavam sendo tolas nas decisões que tomavam, elas continuaram seguindo e achei isso muito inspirador.
Recordei como ele comia: avidamente, com um prazer visível. Ele acompanhava a música no gramofone, pintava quando queria, falava com quem desejava e dizia o que pensava. Eu queria viver como Édouard, com alegria, sugando o máximo de cada momento e cantando porque era muito bom.
Quanto a Jojo, ainda não desisti dela. Pretendo ler seus outros livros, mas não vou mais com tanta sede ao pote. Meu pensamento sobre suas histórias no momento é: não faço ideia do que esperar delas. E vocês, quem ama a Jojo? Qual seu livro favorito dela?

Boas leituras!

3 comentários

  1. Quero muito ler esse livro! Está na minha lista de desejados. Obrigada pela resenha!
    Bjks e boas leituras!

    www.linguaeliteratura.com.br

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  2. Eu nunca li nenhum livro da Jojo, mas ouço todos falarem muito bem de Como eu era antes de você e eu quero muito lê-lo! Quanto a este livro também já tinha lido algo sobre ele, não me lembro muito bem, mas achei que fosse melhor. Depois da sua resenha, eu desanimei um pouco com ele. Aliás, resenha maravilhosa, parabéns! O blog também é lindo, já estou seguindo. Se puder dá uma passadinho no meu ficaria agradecida. Espero que goste! Abraços.

    http://madrugadadeleitura.blogspot.com.br/

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  3. Eu li como eu era antes de você e simplesmente amei. Mas depois disso fiquei com medo de ler outros livros da Jojo porque todo mundo diz que só aquele é o melhor e os outros nunca vão chegar aos pé de como eu era antes de você. Fico com o pé atrás e não tenho tanto interesse em ler os outros livros dela. Mas saiu um recentemente chamado um mais um que parece ser divertido e eu tô com vontade de ler. :)

    Beijos!
    http://www.prateleiracolorida.com.br/

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