[Resenha] Antes que eu vá, de Lauren Oliver

15 maio 2015
LV 1471 - Cedido pela Sueli
Páginas: 356
Lançamento: 2011
Editora: Intrínseca
Classificação:  
Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta - da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento.
Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte - descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.

Já faz um bom tempo que eu tinha visto uma resenha sobre esse livro e fiquei com vontade de ler, mas quando ele finalmente chegou nas minhas mãos eu já tinha perdido a vontade. Como o livro é emprestado eu decidi começar logo a ler pra poder mandar pra próxima pessoa da lista. Só que quando eu cheguei na metade do livro eu já estaca completamente empolgada, e não queria saltar ele de jeito nenhum! 

Sam tem uma vida que pode ser considerada por muitos como perfeita. Ela é super popular, tem um namorado lindo e amigas maravilhosas. Só tem um probleminha, ela acabou de sofrer um acidente, e quando acorda na manhã seguinte, ela descobre que está revivendo o mesmo dia novamente. No início ela acha que está louca, que é apenas um dejá-vu, mas quando tudo começa novamente ela finalmente entende: ela está morta.

Admito que no primeiro dia eu tive um pouco de inveja da Sam (quem nunca quis ser popular um dia?), mas também tive muita raiva, afinal, popularidade não se ganha com flores e gentileza né? A verdade é que apesar de Sam ser uma pessoa boa por dentro, por fora ela era um vaca. Uma vaca mimada e superficial.
As crianças sempre fazem esse tipo de coisa umas com as outras. Não é nada demais. Sempre vai haver uma pessoa rindo e outra sendo o motivo da graça. Acontece todos os dias, em todas as escolas, em todas as cidades dos Estados Unidos - provavelmente, de todo o mundo, até onde sei. A grande questão em crescer é aprender a ficar do lado de quem ri.
No terceiro dia, Sam acorda com esperança, ela acha que pode estar em coma em algum lugar e que basta ela não morrer de novo no fim do dia que ela vai acordar. No quarto dia, ela acorda com raiva, e acha que pode fazer qualquer coisa que quiser e que não vai ter nenhuma consequência. No quinto dia ela acorda otimista, e finalmente percebe qual é sua missão. Ela precisa concertar seus erros pra que tudo isso chegue ao fim.

No total ela viveu sete vezes o mesmo dia, até conseguir realizar sua missão. O quarto dia foi o mais engraçado e chocante, com certeza, mas foi a partir do quinto dia que Sam começou a mudar, a tentar ser uma pessoa melhor. É incrível o quanto ela se transformou e o quanto conseguir aprender em tão pouco tempo. No fim ela foi uma pessoa totalmente diferente do que era no começo.
O que estou querendo dizer é: talvez para você haja mil amanhãs, ou três mil, dou dez, tanto tempo que você pode se banhar nele, girar, deixar correr como moedas entre seus dedos. Tanto tempo que você pode desperdiçar.
Mas para alguns de nó só existe o hoje. E a verdade é que nunca se sabe.
Sam começou a ver sua vida de uma maneira diferente, a enxergar o mundo como não via antes. Seus pais, e o quanto ela havia se distanciado deles durante tanto tempo. Sua irmã mais nova, que ainda tinha tanto a viver e aprender. Suas amigas, que apesar de malvadas, eram completamente leais a ela. E um garoto, um garoto pro qual ela não olhava a sete anos, mas que um dia já foi seu melhor amigo, um garoto que ainda sonhava em ser seu herói (geeente, o Kent é fofo demaaais).

Esse livro me passou uma lição linda. Devemos sim viver nossos dias intensamente, como se eles fossem o último, mas isso não significa fazer o que quiser, como se não houvessem consequências, isso significa fazer a coisa certa, fazer coisas boas, ser uma boa pessoa, da qual as pessoas um dia vão lembrar com carinho. Ser todos os dias a pessoa que você gostaria de ser. 

No fim eu fiquei triste pela morte de Sam. Mas não triste de uma forma dolorosa, triste de uma forma bonita e pacífica. Como alguém que sabe o que está por vir e simplesmente aceita seu destino e decide fazer o melhor possível com o tempo que lhe resta. Eu meio que senti orgulho dela no fim. Recomendo demais essa leitura. 

2 comentários

  1. Marii, que proposta diferente a desse livro. Nunca li algo do tipo. Sua resenha ficou maravilhosa !! Realmente me deixou curiosa. Eu nunca tinha ouvido falar desse livro. Vou ver se tem espaço para ele na minha "pequena lista" do black friday! rsss Tomara que sim.

    Beijo, linda!!

    Luana
    http://psicoselliteraria.blogspot.com.br/

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    1. Pois é Lua, eu vi uma resenha dele a muuuito tempo atrás no mundo dos livros, e desde então tava na minha lista. Peguei ele num LV do skoob, você conhece essa comunidade?

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