[Resenha] A culpa é das estrelas, de John Green

12 abril 2015
Páginas: 288
Lançamento: 2014
Editora: Intrínseca
Classificação:  
Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo Uma aflição imperial, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezessete anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor de Uma aflição imperial, em busca das respostas que desejam. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Finalmente tomei vergonha na cara e li A culpa é das estrelas! Já estava mofando na minha estante desde antes do lançamento do filme, mas como acabei vendo o filme antes, fiquei meio sem vontade de ler achando que ia derramar rios de lágrimas de novo.

Hazel Grace tem câncer em estado terminal, e tudo que ela quer é poder ficar em casa assistindo America Next Top Model ao invés de ir as reuniões do grupo de apoio, mas sua mãe insiste que ela precisa ir. Nesse dia ela conhece Augustus Waters, uma cara super gato com uma perna só.
Na boa, vou dizendo logo: ele era um gato. Se um cara que não é um gato encara você sem parar, isso é, na melhor das hipóteses, esquisito, e na pior, algum tipo de assédio. Mas se é um cara gato... na boa... 
Hazel e Augustus formam um casal perfeito, todos dois são muito estranhos, todos dois são muito profundos, todos dois são sobreviventes do câncer. E a partir do relacionamento que eles formam um com o outro, eles tem a oportunidade de viver suas curtas vidas mais intensamente. 

Esse livro ficou tão famoso com sua adaptação para as telinhas que eu não vou nem perder muito tempo contando a vocês uma história que já devem conhecer. Ao invés disso eu vou dar minha opinião: o que eu esperava desse livro não foi o que eu acabei tirando dele.

Eu adiei bastante essa leitura achando que ele iria me fazer chorar muuuito, mas na verdade isso não aconteceu. Tá, claro que eu derrubei algumas lágrimas quando (SPOILER) o Gus morreu, mas eu chorrei muitíssimo mais quando vi o filme. Na verdade essa leitura me fez rir muito mais do que chorar.
Oi, então tá, eu não sei se você vai entender isso, mas não posso beijar você nem nada. Não que você tenha necessariamente tido vontade de fazer isso, mas não posso.
Quando tento olhar para você desse jeito, tudo o que vejo são as coisas pelas quais vou fazer você passar. Isso talvez não faça sentido para você.
De qualquer forma, sinto muito.
Ele respondeu alguns minutos depois.
O.k.
Mandei minha resposta.
O.k.
Ele respondeu:
Ai, meu Deus, pare de flertar comigo!
O relacionamento de Hazel e Gus é tão fofo, e toda vez que ela falava do sorriso bobo dele eu via o Ansel Elgort, ator que interpreta o Autustus, sorrindo. E aquele sorriso dele é realmente bobo e extremamente fofo!

Tudo bem que a história é bem triste, mas a forma como o John Green conta ela, dá um toque de esperança sabe? Tem algumas coisas na vida que são inevitáveis, como a morte, mas isso não significa que devemos nos entregar, ainda podemos fazer o melhor possível com tempo que temos disponível.
Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.
Adorei ter lido esse livro, foi uma leitura rápida, daquelas que prende o leitor até o fim. Recomendo muito que leiam A culpa é das estrelas, mesmo que já tenham visto o filme. Já estou super curiosa para ler outros livros do John Green, alguma recomendação?

Beijos e boa leitura!

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