[Resenha] A ilha dos dissidentes, de Bárbara Morais

07 outubro 2015
Páginas: 304
Lançamento: 2013
Editora: Gutenberg
Classificação:  
Ser levada para uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.

Ouço falar deste livro desde a época do seu lançamento, uma distopia escrita por uma autora brasileira e que tinha tudo para dar certo. Eu precisava ler para conferir!

A história se passa em um mundo em guerra, dominado pelos humanos, mas amplamente habitado pelos anômalos, pessoas que sofreram modificações em seu DNA e desenvolveram poderes especiais. Sybil, nossa personagem principal, morava em uma zona de guerra, mas ao passar por um acidente onde foi a única sobrevivente descobre que também não é completamente humana.

Ela é mandada para viver em uma cidade de anômalos, para morar com pais adotivos e frequentar uma nova escola. Sua nova vida parecia ser perfeita, mas ela ainda não sabia o quanto poderia ser perigoso ter os poderes que tem.


Vovó Clarisse disse uma vez que devemos nos apegar à primeira impressão dos momentos bons, pois ela é única. Sei que a partir de agora, esse lugar se tornará mais e mais comum, então me esforço para gravar a sensação que tenho ao ver Pandora pela primeira vez.
Um das melhores coisas desse livro é o quanto a leitura flui bem, consegui ler bem rápido e alguns mistérios presentes na história instigaram bastante minha curiosidade, fazendo com que eu precisasse chegar logo ao fim. O lado ruim: eu esperava mais, bem mais.

Por ser um livro escrito por uma brasileira, esperei que ela tivesse passado algum aspecto da cultura brasileira através de sua escrita, mas infelizmente esse foi um daqueles livros nacionais "americanizados" e isso me deixou um pouco decepcionada.


Outra coisa foi a narração, que na minha opinião iniciou de modo bem fraco, mas pelo menos com o andamento do livro senti que isso foi me incomodando menos. Também houveram algumas ações dos personagens e pressupostos do enredo que não consegui engolir, achei algumas coisas irreais demais até para a fantasia.

De modo geral, fiquei bem em dúvida de quantas estrelas dar para esse livro. Mas acho que no fim das contas a leitura foi agradável e fiquei sim com muita vontade de ler a continuação, principalmente para ver onde vai dar um romance super fofinho que está começando a se desenrolar, dessa forma nada mais justo que as quatro estrelas que ele recebeu.
Ele pisca os olhos duas vezes antes de encostar a testa na minha, fazendo meu coração bater mais rápido.
Não se preocupe, Sybil. Se você prometer cuidar de mim, prometo cuidar de você.
Alguém aqui já leu esse livro? Também se sentiram incomodados com alguma coisa nele? Não deixem de comentar com suas opiniões!

12 comentários

  1. Eu não conhecia esse livro, mas achei a capa e o enredo muito interessantes!
    Adoraria ler! ♥
    Mil Beijos!
    http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com/2015/10/cinema-outubro-2015.html

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  2. Amei essa capa é linda!!!!
    adorei a resenha também =D
    bjinhos

    http://acidadeliteraria.blogspot.com.br/

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  3. Poxa eu odeio quando isso acontece, os autores brasileiros quererem americanizar a estória. E isso acontece muito viu!
    Às vezes a proposta do livro é boa, mas o desenrolar não é tão satisfatório...

    www.ooutroladodaraposa.com.br

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    1. Pois é Rai, o chato é que a gente quer indicar os livros nacionais, mas às vezes eles nem parecem ser nacionais :/

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  4. Olá,
    Já conhecia o livro, mas estou tão cansada de distopias que realmente não cheguei a me interessar por essa. Mas gostei da resenha e curto muito o blog da Bárbara, a autora.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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    1. Eu não canso de distopias NUNCA, Inês! hahaha
      Mas eu esperava mais dessa :/

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  5. Nossa, não conhecia! Estou meio viciada em ler distopias! Vou procurar, com certeza!
    www.vintee5.com.br

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    1. Eu SOU viciada em distopias, Lu! hahahah
      Já leu Estilhaça-me? Muito bom! *-*

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  6. Olá!
    Eu adoro distopias, mas não senti vontade ainda de ler esse livro!!!
    Já ouvi muitas críticas como as suas e isso me leva a crer que não será uma leitura prazerosa..rs
    Mas, quem sabe um dia...

    Beijinhos, Bá.
    http://cafecomlivrosblog.blogspot.com.br

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  7. Oi Marina, tudo bem ???
    Preciso confessar que nunca tinha ouvido falar nesse livro. Talvez até tenha me esbarrado com o título alguma vez, mas sinceramente, se isso aconteceu, acho que não dei muita atenção para o livro.
    Normalmente não tenho o costume de buscar distopias, leio apenas aquelas que realmente me instigam e deixam curiosa, mas, após terminar de ler sua resenha, percebi que esse não é o caso. Não sei o que acontece com as distopias, mas para mim, elas são muito parecidas ... Tenho a sensação de que as distopias clássicas eram mais diferenciadas, com nuances muito maiores entre si. Mas vai saber né ?! Como não sou nenhuma expert no gênero, não posso falar muita coisa.

    Beijinhos
    Hear the Bells

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    1. Adoro distopias, leia qualquer uma que aparecer na minha frente, mas concordo com você! As distopias de hoje em dia estão muito parecidas mesmo!
      A única clássica que li foi 1984, mas tenho vontade de ler Laranja Mecânica :)

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    2. Adoro distopias, leia qualquer uma que aparecer na minha frente, mas concordo com você! As distopias de hoje em dia estão muito parecidas mesmo!
      A única clássica que li foi 1984, mas tenho vontade de ler Laranja Mecânica :)

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