[Resenha] À procura de Audrey, de Sophie Kinsella

Páginas: 336
Lançamento: 2015
Editora: Galera Record
Classificação: ★★★★★

Audrey é uma adolescente comum, igualzinha a tantas. Com 14 anos, estuda, se apaixona, entra em conflito com os pais, sonha, confia nas amigas. Até que começa a ser vítima de bullying. No início, parecia apenas uma pequena implicância, mas a provocação vai aumentando. Logo, a menina não consegue mais frequentar o colégio, nem ao menos sair de casa. O diagnóstico? Transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e episódios depressivos.
Com a ajuda da Dra. Sarah, Audrey começa um lento, mas decisivo, caminho rumo à recuperação. E quando conhece Linus, parceiro de games do irmão, ela sente uma ligação. Seu sorriso de gominho de laranja é encorajador, e eles podem conversar sobre tudo: ansiedades, sonhos, medos. Ainda que de forma não muito convencional no início. Mesmo com as ressalvas da médica, a amizade se aprofunda — em meio a visitas ao Starbucks e pequenos desafios. Em pouco tempo, evolui para um romance que vai afetar toda a família. Por fim a normalidade parece apenas a um passo de distância. À procura de Audrey é um romance inspirador sobre família, primeiro amor e depressão.

Já tinha ouvido falar muito bem da Sophie Kinsella, mas À procura de Audrey foi o primeiro livro dela que realmente fiquei com vontade de ler depois de ler tantas resenhas positivas que falavam tão bem dessa história.

Audrey é meio estranha. Ela usa óculos de sol em todos os momentos, não suporta ter contato visual direto nem com sua família, nem muito menos sair na rua! Isso se deve ao transtorno de ansiedade social com o qual ela foi diagnosticada.

Quando digo as coisas para a terapeuta, é como se eu mesma as estivesse ouvindo pela primeira vez, então tudo se torna real de súbito. Ela é um pouco mágica, acho. É como uma vidente - só que do presente, não do futuro. Tudo muda em seu consultório. Não sei como, mas é assim que acontece. 

Para enfrentar suas dificuldades ela conta com a ajuda da Dra. Sarah, além de sua família. Mas um fator decisivo no seu processo de melhora foi ter conhecido o Linus, um amigo do seu irmão que parece lhe compreender e a faz ter uma vontade cada vez maior de seguir em frente com seus sonhos.

O Linus é um fofo! Eu fiquei encantada com as atitudes dele, sem contar sua paciência e compreensão. Ele e Audrey formaram um casal perfeito, e me fizeram sentir de novo aquela sensação gostosa de borboletas na barriga que a primeira paixão trás.

  

Eu não espera rir tanto com esse livro, mas com a família da Audrey não tem como manter os dentes dentro da boca, hahah! A mãe dela é obcecada por um jornal chamado Daily Mail, e encara seriamente todos os seus estudos e notícias, fazendo com que o resto da família tenha que passar por situações hilárias! 

A Sophie conseguiu juntar todo seu bom humor com lições essenciais para a vida nesse livro, e além de rir bastante eu fiquei também fiquei bem emocionada em alguns momentos. Gostei muito da leitura e pretendo ler outros livros dela. 

Mamãe me fitou como se quisesse rir, ou talvez chorar, e disse:
— Mas, Audrey, a vida é assim. Estamos todos em um gráfico de altos e baixos. Sei que eu estou. Subo um pouco, desço um pouco. É a vida.