[Resenha] Halo, de Alexandra Adornetto

Páginas: 472
Lançamento: 2010
Editora: Agir
Classificação: ★★★★★ 

Três anjos são enviados à Terra com planos de se misturarem aos humanos para assegurar a paz e trazer a bondade: Gabriel, o Herói de Deus, um antigo guerreiro que se disfarça de professor de música; Ivy, serafim abençoada com poderes de cura; e Bethany, a mais nova e inexperiente do grupo, enviada como uma jovem estudante para aprender sobre a humanidade.
Após Bethany se encantar com a vida humana, ela começa a viver todas as experiências de uma adolescente normal, até se apaixonar por um rapaz e colocar toda a missão em risco. As forças do mal se aproveitarão dessa situação para pôr seus planos malignos em prática. Um romance de tirar o fôlego, que responderá a pergunta: será que o amor é forte o suficiente para vencer as forças do mal?

Comprei esse livro porque estava na promoção, mas no fundo eu já tinha minhas dúvidas se ia gostar dele, tanto é que demorei muito tempo pra começar a ler. A história começa até legal, é diferente das outras histórias de anjo que eu já tinha lido, até fiquei com uma certa expectativa, mas ela foi frustrada.

A Bethany é um anjo que veio para terra com dois de seus irmãos numa missão divida de proteger o mundo das forças das trevas. Achei interessante o fato dela não ser um anjo caído, como na maioria das histórias do gênero, e de início até gostei dela, ela é sensível, propensa a sentir as emoções humanas com maior intensidade do que um anjo deveria.

Aí ela conhece Xavier, que é um cara legal, ele é bem popular na escola, mas não faz o estilo bad boy, na verdade ele é bem simpático e prestativo. Mas mesmo sabendo que não deveria se apegar a nenhum ser humano, a Bethany se apaixona por ele. 

De todos os cavalheiros galantes que poderiam vir me socorrer, por que tinha que ser logo Xavier Woods o encarregado? O que estava pensando Nosso Pai em Sua infinita sabedoria?

Até aí tudo bem, mas quando Bethany decide se entregar ao seu sentimento por Xavier o livro começa a ficar avacalhado.. Veja bem, a Bethany é um anjo, ela deveria ter prioridades certo? Errado. 

Ela decide deixar de lado sua missão na terra, brigar com Deus e o mundo, desafiando as leis divinas e os conselhos dos seus irmãos para ficar com Xavier. Ela simplesmente não se importa com qualquer punição que possa ter, ela só quer ter Xavier. Isso pode até parecer fofinho, mas não se engane, não é, porque fica pior...

Apesar do esforço consciente de não nos afastarmos de todos a nossa volta, às vezes isso era inevitável. Chegamos a tentar determinar períodos específicos para passar com outras pessoas, mas, quando fazíamos, as horas se arrastavam e nosso comportamento parecia tão artificial que em menos de uma hora já estávamos juntos de novo.

O romance que se desenvolve entre Bethany e Xavier é meloso, infantil e surreal. Ela se transforma de anjo, em uma adolescente mimada, rebelde e insuportável. Durante as páginas que descreviam o dia a dia dos dois depois que eles começaram a namorar eu fiquei tão enjoada daquele lenga lenga que eu quase desisto de ler o livro. 

E quando você pensa que não dá pra ficar pior, a Bethany decide revelar a Xavier que é um anjo, o que era totalmente proibido, e ele aceita numa boa é claro. E quando os irmão dela descobrem e decidem consultar os céus para saber qual seria sua punição, a resposta é algo tipo: estamos muito desapontados, mas por enquanto tudo pode continuar como está. Como assiiiiim? Ela revelou o precioso segredo deles e eles decidem que ela deve continuar namorando com o garoto? Fala sério...

O livro ainda consegue dar uma melhoradinha quando aparece Jake, um bad boy que foi transferido para a escola deles e que tenta destruir o relacionamento de Bethany e Xavier. Mas essa situação acaba sendo contornada muito facilmente e Jake logo perde seu encanto.

Eu não costumo ser muito rigorosa quando julgo um livro, e mesmo que eu não goste muito sempre acabo dando três ou quatro estrelas, mas dessa vez não consegui me obrigar a dar mais de duas estrelas pra esse livro. Pra mim ele realmente foi ruim, e me peguei pensando diversas vezes que até eu poderia ter escrito um livro melhor.

Apesar de ter comprado os três livros da série, não pretendo ler os outros dois. Na verdade o que quero mesmo é arranjar alguém que queira trocar eles comigo, ou até mesmo levar num sebo. Eles só servem no máximo para decoração e não pretendo ficar com eles ocupando espaço na minha prateleira. Se vocês gostam desse livro tentem não me matar certo?

E essa foi a triste história do pior livro que li até agora esse ano... Hahahah 

Beijos pra vocês!