[Resenha] Primeiro amor, de James Patterson

01 julho 2015
Páginas: 240
Lançamento: 2014
Editora: Novo Conceito
Classificação:  
Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.
Em primeiro lugar eu gostaria de dizer que esse livro é muito bom, e em segundo lugar, eu gostaria de comunicar que fui enganada pela sinopse. Advertência ao leitor: Esse livro é triste! Ele não é o que eu estava esperando. Queria ler um livro leve e divertido, e ele até foi divertido em algumas partes, mas saiba que ele não é do tipo "e viveram felizes para sempre".

Por favor não entendam isso como um spoiler, eu só acho que em alguns momentos a gente não tá afim de ler algo que não vai acabar bem, e eu particularmente prefiro começar sabendo. Não exatamente o que vai acontecer, mas pelo menos se vou acabar sorrindo ou chorando.

Bom, Axi é uma menina toda certinha, mas ela tem muitos problemas familiares. Então ela decide fugir com seu melhor amigo, o Robinson, para fazer uma viagem conhecendo vários lugares que ela marcou num mapa. Só que tem um probleminha: o Robinson é meio rebelde...

As coisas já começam errado, com ele roubando uma moto para eles viajarem. E durante toda a viagem eles continuam fazendo esse tipo de coisa, até que chega um momento que você pensa: "Cara, agora ele endoidou de vez! Que maluco!" 
- Axi - Robinson começou, com a voz mais suave - Se esta viagem for um erro, será o melhor erro de nossas vidas.
Chega a um momento do livro em que temos uma revelação, que eu não vou contar, claro, mas é algo que eu já esperava e já tinha percebido por causa de algumas indicações que ela dá. Confesso que confirmando essa suspeita, comecei a achar as coisas que eles tinham feito até justificáveis.

Porém teve outro problema: eu não consegui me identificar muito com a Axi. Me irritei muitas vezes durante a leitura, porque ela ficava falando o tempo todo o quanto estava apaixonada pelo Robinson, mas não tomava uma iniciativa nunca, eu já estava ficando maluca com isso..
Eu estava amando completamente, estonteantemente, empolgadamente, cada segundo.
Naqueles breves instantes, abandonei minha reputação de menina certinha de cidade pequena, como se fosse um suéter velho e feio, e a queimei nas chamas da insígnia da Harley. Éramos fugitivos. Criminosos. Eu e Robinson. Robinson e eu.
Tá, até agora acho que só falei coisa ruim né? Mas o que eu realmente gostei nesse livro foi a viagem em si, a sensação de liberdade deles, o romance que foi crescendo entre os dois. Isso deu um clima muito gostoso ao livro, pelo menos até a metade.

Apesar do final ser triste, e eu ter ficado com os olhos meio lacrimejantes, não cheguei realmente a chorar. Acho que foi porque o que aconteceu foi algo compreensível, algo realista, algo que não poderia ser mudado. Foi fatídico e inevitável, e acho que por isso mesmo não me abalou profundamente, como em Por lugares incríveis, ou em Como eu era antes de você.
A melhor coisa do mundo é saber pertencer a outra pessoa. Do modo como Robinson e eu pertencemos um ao outro. Nos agarramos tão firmemente um ao outro quanto pudemos, por quanto tempo pudemos. Não foi suficiente.
Em resumo: recomendo sim o livro, ele é bem escrito e interessante, mas leia sabendo no que você está se metendo. Já se está procurando um romance mais leve, que te deixe toda sorridente no fim, recomento A lista de Brett, da Lori Nelson, ou Procura-se um marido, da Carina Rissi. Também tem Lola e o beijo francês, que ainda não li, mas pelo que sei é bem fofinho.

Boa leitura!

1 Comentário

  1. Olá,
    Eu já li dois livros desse autor, que parece escrever de tudo, sendo que um deles era romance e eu não curti. Desde então preferi não repetir a dose.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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